quinta-feira, 28 de maio de 2009

Gentileza gera gentileza

Meus amigos: o blog recebeu mais uma visita especial: a de Mauricio Stycer, autor do livro sobre a História do Lance (ver post abaixo), que ainda deixou um gentil comentário. Fui lá no blog do Mauricio (http://colunistas.ig.com.br/mauriciostycer/) e "pesquei" um post muito interessante.

Leiam.

Afinal: "Jornalistas mentem mais do que o Mano Menezes?".

Blogueiro de um lado, torcedor do outro. Ainda bem
Relatei nesta segunda-feira dois episódios recentes nos quais o técnico do Corinthians deu uma informação a jornalistas e, em seguida, agiu de forma diferente ao que disse. O texto, Mentiras de Mano Menezes incomodam a imprensa, mereceu o comentário de 556 internautas. A grande maioria, em torno de 95%, odiou o que escrevi – nunca, neste blog, um texto meu alcançou tamanha reprovação. Tento resumir a seguir os principais argumentos dos meus críticos:

1. O número maior de comentários diz respeito à pertinência do texto. Um grande contingente de leitores classificou o que escrevi como “ridículo”, mera “falta de assunto” ou tentativa de arrebanhar “audiência” para o blog.

2. Um segundo número considerável de leitores defendeu a tese que Mano Menezes fez “o que é melhor para o Corinthians”. O técnico não deve satisfação aos jornalistas, apenas ao time, escreveram.

3. Uma terceira crítica recorrente ao meu texto é que “todos os treinadores mentem”; o que Mano fez é algo comum no meio. Na visão desses internautas, eu deveria criticar também Muricy, Luxemburgo e tantos outros colegas de Mano.

4. Além das críticas a mim, à minha incompetência e ignorância, um certo número de leitores aproveitou para criticar os jornalistas, de maneira geral. “Jornalistas mentem” muito mais que Mano, escreveram vários.

5. Mano não mentiu, mas “despistou” a imprensa, usou de uma “estratégia” para surpreender os adversários, argumentaram muitos leitores.

6. Por fim, uma minoria viu no meu texto uma tentativa de “conturbar o ambiente” do Corinthians e “desestabilizar” o técnico Mano Menezes.

Se houve tanto repúdio e tantas interpretações diferentes ao que escrevi, pode ser que eu tenha sido pouco claro no meu texto. Falha minha. Suspeito que tenha causado um certo choque o uso da palavra “mentira” no post. Se eu tivesse dito que Mano Menezes tem usado um “artifício” que causa incômodo, ou uma “estratégia” para “despistar” os adversários, talvez tivesse causado menos repulsa.

O que diz o “Houaiss” sobre o verbo “mentir”? 1. “Dizer, afirmar ser verdadeiro (aquilo que se sabe falso); dar informação falsa (a alguém) a fim de induzir ao erro”; 2. “não corresponder a (aquilo que se espera); falhar, faltar, errar”. 3. “causar ilusão a; dissimular a verdade; enganar, iludir.”

E o que diz o dicionário sobre o substantivo “mentira”?

1. “ato ou efeito de mentir; engano, falsidade, fraude”; 2. “hábito de mentir”; 3. “afirmação contrária à verdade a fim de induzir a erro”; 4. “qualquer coisa feita na intenção de enganar ou de transmitir falsa impressão”.

Entre Mano Menezes e a reclamação de alguns jornalistas, como escrevi no post, é fácil imaginar de que lado ficaram - e ficarão sempre - os corintianos. A “nação”, como escreveu um leitor, coloca o time em primeiro lugar. E também em segundo e em terceiro. Tudo bem. Entendo.

O que Mano fez ao informar que o time não ia jogar com três zagueiros contra o Inter e, em seguida, escalar três zagueiros contra a equipe gaúcha? O que Mano fez ao insistir com os jornalistas que o Corinthians atuaria com o time reserva contra o Botafogo e escalar os titulares?
Pode ser uma questão de semântica, apenas. Sei lá. O fato é que não estou do mesmo lado do balcão que o torcedor. É assim que deve ser.

Escrevi para manifestar a minha surpresa com a pouca importância que uma fonte deu às suas próprias palavras. Ingenuidade?

Não mudei a opinião de nenhum corintiano – o que, aliás, não era minha intenção – nem mudei de opinião sobre a atitude do técnico do time. Como diria João Saldanha, um dos meus gurus, vida que segue.

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