O bafômetro obtém uma leitura analógica aproximada da quantidade de moléculas de alguns quimicos(o bafômetro não mede alcool diretamente) na sua respiração e depois transforma essa leitura num dado binário através de um processo de amostragem. Esse processo é bastante suscetível a erros se não for muito bem implementado.
Dentro do bafômetro existe um pequeno computador no qual um programa analisa essa amostra convertida para dados binários e, depois de alguns cálculos(um programa de computador como outro qualquer), apresenta na tela um resultado.
Resumindo: um instrumento com margem de erro, que não mede alcool e sim substâncias semelhantes, que não analisa amostra de sangue e sim amostra de ar, utiliza um software para gerar um estimativa da quantidade de alcool presente no sangue de uma pessoa.
Pois bem. Perceba, então, que a leitura do bafômetro apresentada na tela de cristal líquido depende basicamente do resultado desse programa de computador.
Um advogado de Nova Jersey, nos EUA, exigiu que o código-fonte desse programa do bafômetro Draeger ALCOTEST MkIII 7110-C fosse analisado. A empresa relutou e tentou argumentar que era “segredo industrial”. O advogado argumentou que a fórmula de calculo era publica e que o software deveria, sim, ser aberto àquele Tribunal.
O resultado foi surpreendente: o código fonte é uma lambança completa, cheio de erros, mal implementado e até mesmo “incompleto”. DOZE defeitos graves foram amplamente documentados no documento abaixo citado. O software não poderia ser utilizado em qualquer aplicação, muito menos para aferir alcoolemia.
No Brasil instrumentos semelhantes estão sendo utilizados para aferir “alcoolemia zero”. Leia o post “Perguntas e respostas sobre bafômetros” para saber mais sobre esse instrumento.
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