A amiga da Bucicleide

Meus amigos
Continuo concentrado, mas o professor deu (no bom sentido) licença pra eu dar (mais no bom sentido ainda) uma navegada, enquanto os meus colegas fazem abdominais (no mau sentido). Olhem que interessante o texto da Barbara Gancia, que acabo de pescar na Folha. E olha que até hoje recusei entrar nessa comunidade do Orkut. Primeiro, porque fico meio grilado com esse negócio de Comunidade; segundo, porque dizem que orkut de bêbado não tem dono e, de vez em quando, eu gosto de beber umas. Com vocês, as dicas da BUCICLEIDE.

BARBARA GANCIA
As melhores comunidades do Orkut

Minha tresloucada amiga Bucicleide selecionou comunidades do site para ver se me fazia mudar de idéia

NÃO VEJO nada que me atraia no tal do Orkut, o site de relacionamentos que tanto sucesso faz entre os tapuias.
Os amigos que tenho são os mesmos dos últimos 50 anos, não pretendo reencontrar aqueles que perdi pelo caminho e tampouco me agrada a idéia de fazer novas amizades pela internet.
Mas minha tresloucada amiga Bucicleide pensa de outra forma. Há mais de ano, toda vez que me liga, Buci, digo, Cleide me oferece um convite para entrar no Orkut.
Como minha resposta é sempre a mesma, antes do Natal, dona Bucicleide selecionou as melhores comunidades do site para ver se conseguia me seduzir e tentar fazer com que eu resolvesse participar.
A mim, ela não convenceu. Mas quem sabe o leitor que é mais sociável do que esta datilógrafa ranzinza não se identifique com alguma das tribos de que a Bucicleide faz parte? Ano novo, vida nova, não é mesmo?
A elas:
"Eu odeio a minha nora";
"Eu odeio a minha sogra";
"Divido a casa com fantasmas";
"Bianca Exótica é o futuro";
"Não vi e não gostei";
"Heleninha Roitmann" (para bebuns grã-finos);
"Eu odeio muito tudo isso" (anticomida de isopor de "fast food");
"Morte ao sapato caramelo" (para quem detesta gente que usa sapatos ou cintos caramelo);
"Pochete burning" (queimem todas as pochetes!);
"Eu bebo e incorporo";
"Dou risada de quem cai na rua";
"Odeio encher forma de gelo";
"Hoje acordei meio totalitário";
"Você é artista? Isso passa";
"Eu era hetero e Jesus me salvou";
"Eu abro a geladeira para pensar";
"Nunca fiz amizade bebendo leite" (para boêmios);
"Cocô -essa palavra mágica";
"Odiamos açougues" (para vegetarianos e gente com senso estético e de higiene);
"Meu Deus! Eu fiz isso?";
"Que esfolem a Jennifer Lopez" (ela usa casacos de pele);
"Eu tenho medo de lactobacilos";
"Sabe por que uso chapéu?" (para
você não demorar na minha casa);
"Eu já corri para pegar ônibus";
"Faço tudo o que o papa condena";
"Furo o olho da Gina do palito";
"Quem pegou na minha bunda?";
"Gente normal me cansa";
"Eu odeio cantar parabéns";
"Eu não vejo televisão";
"Coloca R$ 1,00 na minha conta?";
"Eu pratico o método "egípcia"" (arte de andar de lado para fingir que não viu alguém na rua);
"Odeio realejo";
"Pela banalização do champanhe";
"Eu desviro besouros";
A essas comunidades, escolhidas a dedo por Buci, digo, Cleide, eu acrescentaria só mais uma: "Eu odeio rojão, bombinha e biriba".
Pois é, passei o Réveillon no litoral e minha paciência esgotou. Como resolução de Ano Novo, resolvi me empenhar em uma campanha permanente contra barulho de rojão. Só pode estar de brincadeira quem acha que rojão é festivo. Ou não ter animal doméstico. Quem solta rojão talvez não saiba, mas o barulho pode causar tamanho estresse em cães e gatos que chega a matar por torção de estômago. Mais detalhes você encontra no site www.tribunaanimal.com . Feliz ano novo!