É dura a vida dos flamenguistas (da série "Reflexões filosóficas do Blog do PC")

Hoje à tarde vi um desses caras que andam com camisa do Framengo pelas ruas. Sempre penso se eles não têm vergonha. Algumas vezes até me aventuro a tomar umas boas porradas e pergunto.

Se encontram um mineiro têm que explicar porque o Zé Roberto, que depois se tornou comentarista da ... vocês sabem bem de onde, expulsou 535 jogadores do Galo para ganhar o jogo. Se encontram pernambucanos têm que tentar convencer que não foi o Sport o legítimo campeão brasileiro de 1987. Se encontram os botafoguenses deveriam morrer de vergonha de 2007, 2008 e 2009, mas se orgulham. Difícil mesmo.

Muitos, principalmente as mulheres, vestem a camisa porque acham que é moda. São incapazes de dizer o nome de um jogador do Framengo.

"Não sei. Mas isso não importa", é geralmente a resposta-padrão.

Mas voltemos ao cara de hoje. As costas da camisa estavam nuas. Não tinha número nem nome de jogador. Pensei: deve ser difícil ser torcedor do Framengo. Se botam Bruno, o cara mata uma mulher, é preso e eles têm que jogar a camisa fora. Se botam Adriano, o cara se envolve em bebedeiras, abandona o futebol e eles têm que botar a camisa fora. Se botam Ronaldinho ou Vagner Love, os caras querem receber o salário, desistem de jogar, pedem pra sair e eles têm que... o resto vocês já sabem. Sem chororô, framenguistas. São apenas FATOS e um olhar observador.