Colunista da FraPress defende intervenção no Engenhão. É preciso dar um não rotundo para essa canalha

Pago em dia e bem. E não censuro, não veto, nem mexo nos textos dos meus colaboradores. Mas acho que dessa vez, Sydd Benn, o Interino, passou dos limites. Submeto a todos para apreciação e possível abertura de uma CPIBPC (Comissão Parlamentar de Inquérito do Blog do PC). Sem mais bláblábla. 

Avaliem e comentem. O cara endoidou de vez. Para os que não têm paciência com loucos informo que destaquei em vermelho a parte em que esse irresponsável defende a intervenção no estádio do Botafogo.

"Meus amigos

Vão aqui umas poucas observações.

Conclamo os torcedores cariocas – que naturalmente estarão mais preocupados com seus times na Copa do Brasil - para que dêem força também para os co-irmãos. Será muito bom se os cariocas só perderem mais na frente da competição – e, quando isso ocorrer, que seja apenas para um outro carioca. No caso dos torcedores do Botafogo, peço que, depois de eliminados pelo Avaí (um time de Santa Catarina, ou Paraná, não sei bem), estejam ao lado dos demais times que permanecem representando o estado. Mesmo que eles não sejam em grande número, podem ajudar a criar uma corrente positiva.

1.    Embora na decisão por pênaltis geralmente vença o melhor, o mais seguro, o de mais personalidade, o que tem cobradores que sabem bater na bola e o que tem mais camisa, a experiência está demonstrando que os demais times do Rio ficam em posição de extrema inferioridade ao enfrentar o Flamengo. Penso que talvez se deva buscar uma alternativa, que não seja a decisão por pênaltis, para os desempates. Fica o chamado para que, juntos, busquemos uma alternativa.

2.    O Flamengo venceu o Carioca com méritos. Foi o único invicto e se a disputa fosse por pontos corridos seria campeão por antecipação. Mas não deve se iludir. Ser hegemônico no Rio é muito fácil, dada a fragilidade dos adversários. Quando estiverem na disputa Cruzeiro, Santos, São Paulo, Corinthians, Internacional, Palmeiras etc a coisa pode se complicar. Quem pretende ser, de novo, campeão do mundo tem que ter isso presente. O time tem que melhorar muito para fazer com que sua abissal hegemonia, que hoje existe no Rio, aconteça também no plano nacional e internacional. Ele está ainda muito abaixo de Barcelona ou Manchester United.

3.    A disparidade que passará a haver entre o que passarão a receber Flamengo e Corinthians pelos direitos de TV e o que recebem os demais times é grande demais. Temo – de verdade, PC! – que dentro de uns poucos anos estejamos como a Espanha, com apenas dois times grandes. Vejam comigo: Flamengo vai receber R$ 130 milhões; o Corinthians, um pouco menos; os demais clubes grandes do Rio, cerca de R$ 40 milhões; e o Botafogo, R$ 30 milhões. Não é difícil prever que times com maior tradição e maior torcida, times com mais títulos, que já são hoje hegemônicos, cristalizem de tal forma essa hegemonia que não deixem espaços para os demais – a não ser de forma episódica, como zebras. Isso retirará competitividade dos campeonatos, fazendo com que o interesse pelas competições diminua. Em outras palavras, uma hegemonia muito maior do que a atual no Rio pode acabar sendo uma faca de dois gumes e fazer mal ao Flamengo.

4.    É preciso combater duramente a violência e a homofobia no futebol. Assim, responsáveis por cenas de pancadaria (como Loco Abreu, depois da eliminação de seu time na Copa do Brasil), ou por demonstrações de homofobia (como Felipe, ao referir-se no Twitter ao Fluminense como Florminense) devem ser punidos severamente.

5.    É preciso apressar as obras no Maracanã. O futebol é hoje um negócio que envolve muitos interesses. Não pode ficar à mercê de apagões no meio de jogos vistos por milhões de pessoas. Enquanto não se recupera o Maracanã, é preciso que uma comissão formada pelos clubes grandes e médios do Rio - Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo – promova uma intervenção branca na administração do Estádio João Havelange para evitar os blecautes. Digo isso numa boa, sem querer me apressar num julgamento que poderá me levar a cometer injustiças: afinal, não se sabe se os apagões foram devidos a falha humana ou a problemas de gerenciamento. O Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) poderia nos dar uma resposta, mas o atual inquilino do estádio não permitiu a inspeção que tiraria essa dúvida. Se criada, essa comissão de intervenção serviria até mesmo para preservar a já desgastada imagem do Botafogo, acusado - injustamente, penso eu - de não pagar as contas de luz.

São apenas estas as minhas observações.

Abraços a todos".