terça-feira, 23 de janeiro de 2007
Crônica: OiEh! eSKeCeu dos PoBres neh! é a #!@+?*&%#
OiEh! eSKeCeu dos PoBres neh! é a #!@+?*&%#
Paulo Cezar Guimarães
Agora eu posso dizer: isso nunca aconteceu comigo! E justamente no domingo à noite!
E o pior é que quase todos os meus amigos ficaram sabendo. A notícia se espalhou. Pior ainda é que telefonaram e mandaram e-mails pra se solidarizar comigo. Uma ex-aluna, a Beatriz, ofereceu os serviços do namorado pra resolver o meu problema.
“Ele não é careiro e atende no Rio”, escreveu ela.
Meu ex-chefe no Globo, Milton Coelho da Graça, garantiu que eu não era o único e sugeriu que eu “não esquentasse a moringa; é o preço do progresso”.
Um amigo psicanalista também soube e me ligou: “Liga não. Tem sempre a primeira vez; não se sinta culpado. Já aconteceu com vários clientes meus. Diversas vezes”.
Outro ex-aluno finalizou o e-mail assim: “Por falar nisso, estou precisando mesmo falar com meus ex-professores. Estou passando por um momento muito difícil (...). Trata-se de um tipo de insegurança normal? Toda opinião de alguém mais experiente na área será bem-vinda”.
Outro: “Puxa vida, meu amigo, como esqueceria dos pobres se sou um deles? Gostaria de lhe enviar sugestões se você topar”.
Fiquei preocupado com a possibilidade de a má notícia se espalhar e eu perder o controle da situação. E o chato é que souberam o número de vezes: 6, 7, 8 vezes! Teve gente que falou em 15 vezes. Mas como avisar aos meus amigos e conhecidos de uma lista de mais de 1.000 pessoas que eu estava com esse problema? O que todos eles iriam pensar de mim?
O que causou o meu drama veio de uma das faculdades onde leciono e parecia que não me causaria tantos transtornos. Afinal, falava em charges publicadas no site do UOL. E adoro charges.
Mas se alguém conseguiu chegar até aqui, vou logo avisando: não é nada disso que vocês estão pensando. Caí no conto do vigário; digo no vírus. O "OiEh! eSKeCeu dos PoBres neh!" me pegou. Mas como eu, que saco um pouco de português e tenho o maior cuidado em evitar gírias, modismo e neologismos, caí nessa? A Cláudia Manhães me ligou avisando que não abriu por causa da grafia das palavras. E a Clarisse, ex-aluna, decretou: “Acho que você, como jornalista, não ia escrever dessa maneira, 'neh'?”.
Passei o anti-vírus três vezes no meu computador. Acho que superei esse problema. Mas agora sou eu que vou ligar pra um amigo falando do problema dele.
Acabei de receber uma mensagem do repórter-fotográfico Alcyr Cavalcante, que não consta na minha lista de e-mails, com a seguinte mensagem: O "OiEh! eSKeCeu dos PoBres neh!".
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8 comentários:
Tinha certeza de que você jamais escreveria "eskeceu, oieh e neh" (nem idade pra isso você tem, meu caro... rsrsrs). Mas não fique triste. Se eu não conhecesse o seu português, talvez tivesse caído nesse "conto" também. Sempre tem uma 1ª vez.
Além da grafia esquisita, o que me chamou a atenção foi o fato de chegarem vários e-mails ao mesmo tempo, com o mesmo tópico. Foram 6 de uma vez e ainda mais 2 que recebi depois que você me disse que já tinha resolvido. Por isso, indiquei os serviços do meu namorado. Acredite, ele resolve coisa muito pior! ;-)
O vírus não é nada. Pior é essa moça te oferecendo os serviços do namorado. Ela não sabe o risco que está correndo...
hehehehehhe
É um palhaço mesmo!
E ainda levei fama de escrever errado. Pior é que teve gente que achou que eu estava carente mesmo, levou a sério e me chamou prum fim-de-semana em Paquetá.
Olá, professor! Eu até abri o primeiro e-mail que chegou (mas não o link, muito suspeito). Segundos depois chegou outro. Poucos minutos e mais quatro! mas o que houve, afinal? Invadiram seu e-mail?
Beijos
Quando recebi, já suspeitei que não era coisa sua. Só aqui pelo Blog já da pra ter uma idéia de como você escreve. Essas pragas continuam se alastrando por aí.
Invadiram a minha praia e nem mandaram uma bóia.
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