Não é de hoje que o Botafogo é roubado. Isso vem de longe. Faz parte da história do clube. O Botafogo, tirando um pequeno período, sempre teve grandes jogadores, sempre teve grandes times. E nunca deu muita bola para títulos. Ganha alguns de vez em quando, para calar seus críticos, mas o que o torcedor botafoguense gosta mesmo é de craques. Vide as estátuas colocadas no Engenhão. Não fazemos estátuas de troféus (ou "troféis", como diriam os framenguistas), mas de ídolos.
Por isso me chamou a atenção o texto do meu querido amigo Zé Antônio Gerheim, que meu camarada Renato Maurício Prado publicou hoje em seu blog.
Gerhein lembra dos jogos contra o Colo Colo do Chile na Libertadores de 1973. ERa criancinha ainda, mas lembro que foi ali que criaram a chamada "BARREIRA PARAGUAIA". Os jogos na época não eram televisonados ao vivo e times e juízes faziam o que queriam. Nos jogos do Botafogo, os juízes davam dois ou três passos nas faltas na entrada da área do adversário. O Botafogo tinha um dos maiores batedores de falta da época, Marinho Chagas. Precisa comentar?
Diz aí, Gerheim.. E vejam os destaques em amarelo.
"Caro Renato: como vê continuo seu leitor (e do jornal) assíduo, além de acompanhá-lo também pela Sportv, no Redação, no Tá na Área, no Bem Amigos, enfim em toda a programação da Sportv.
Essa mensagem é para fazer um reparo no seu comentário de hoje sobre o nosso sonho (eu estou sonhando e acreditando) de ser campeão (parece utópico, o Loco Abreu acha, mas de sonhos e utopias, nós, alvinegros, o Natalino, e vocês, rubro-negros, conhecemos melhor que o nosso desengonçado, mas carimástico e adorável caneleiro uruguaio).
A correção, se me permite, é quando você comenta em cima da racionalidade do Loco de que o G-3, a vaga na Libertadores, já é bom de mais, de bom tamanho para o Botafogo. "Afinal foram só três participações, 1963 (fomos eliminados pelo Santos num jogo atípico, estava zero a zero no primeiro tempo, quando Nilton Santos foi expulso, ai o Pelé ficou solto e..5 a 0, um placar que não dizia do equilibrio dos jogos entre os dois melhores times do Brasil bicampeão mundial, tanto que este era o terceiro jogo, o primeiro, 4 a 3 Santos no Pacaembu, o segundo 3 a 0 Botafogo, no saudoso Maracanã), 1976 (?) e 1996. Aliás naqueles tempos só participavam os campeões e vice campeões nacionais.
A retificação é que não foi em 1976 (nessa o Cruzeiro é que foi o campeão, aliás, bi, pois ganhara o título da Li de 75), mas sim em 1973. Os representantes brasileiros foram o Palmeiras (campeão de 72) e o Botafogo (vice). O Palmeiras de Leão, Ademir da Guia, Dudu, Servilio, a Academia; o Botafogo de Jairzinho, Roberto, Nei Conceição, Carlos Roberto, Fischer, Ferreti, Dirceu, Marinho Chagas.
Como mandava o regulamento, Botafogo e Palmeiras se enfrentaram em um mata-mata inicial, onde só um sobreviveria. Foram três jogos emocionantes e inesquecíveis , o primeiro em São Paulo( houve sorteio de quem jogaria o segundo e eventual terceiro em casa e pasme Renato, deu Botafogo na bolinha da Conmebol) ganhou o Palmeiras de 3 a 2; o segundo no Rio, deu Fogão 2 a 0, um show de Jairzinho/Roberto e cia: o terceiro no Maracanã, novamente Fogão, 2 a 1. Na segunda fase, o Botafogo caiu num grupo com Nacional de Montevidéu e Peñarol: ganhou todos os jogos, aqui e lá no Centenário: na terceira fase, uma semifinal, caiu num grupo com Colo Colo e Cerro Porteño, sempre em jogos lá e cá: aí veio a zebra chamada Caseli e o Colo Colo venceu o Botafogo por 2 a 1, com o ponta chileno dando um show de bola em cima do Marinho; na segunda partida em Assunção, o Botafogo vencia bem por 2 a 0, gols de Jairzinho e Fischer, quando em 15 minutos, a torcida invadiu o Defensores, a policia cavalar do Stroesner também e os paraguaios após a interrupção virou para 3 a 2, com penalti inexistente e histórias que o futebol sul americano está cheio.
Mas ainda dava, pois Cerro e Colo empataram seus dois jogos (eram dois pontos e não três, como hoje) e lá em Santiago no Estádio Nacional (minha primeira cobertura internacional, pelo JS), o Botafogo, com destaque para Fischer, Ferreti e Dirceu fazia um jogo espetacular, vencia por 3 a 2, quando o arbitro, ao faltarem cinco minutos, expulsou Nei Conceição sem motivo aparente. E no último lance, numa bola cruzada, Brito falhou na cabeçada, Caseli apareceu, 3 a 3 e fim do Botafogo na Libertadores. A vitória sobre o Cerro no Maracanã, no último jogo, que era certa, de nada adiantou. Foi a tal vitória "moral"..O Colo Colo foi para a final com o River Plate e foi vice.
Me estendi demais, né? Afinal era um simples equivoco de ano...
Sonhar não custa nada e é isso que faz o encanto do futebol, não achas?
Zé Antonio Gerheim"
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
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11 comentários:
e ninguem segura esse xororo, fazia tempo!
Pensamento pequenininho, típico de um time que ainda usa chupeta!
O cara, aí!!! Brinca com soldadinhos de chumbo e vem falar em chupeta! Vá roubar pra ser preso, manolo.
Calma ai né PC, naquela época times brasileiros apanhavam um monte, hoje em dia todos os jogos são televisionados.
E pra lembrar, já que sempre que fala da libertadores fala de Jorge Willstermann, e etc.
No ano em que o Mengão levou a taça, os argentinos não passaram adiante, apenas isso, não deixaram de participar, apenas não se classificaram, como a própria Argentina pra copa de 70.
Hj, vamos ganhar mais uma partida com mais um show do nosso Loco, deixando a gente louco.
E a tabela vai ser boa pra gente novamente nos deixando a três pontos do líder.
Vamos, fogão!
É PC, não vale a pena. Mas por favor vençam hoje. Não quero o Atlético-GO nos meus calcanhares, vamos para a Sul- Americana juntos, quem sabe uma final Mengão X Bota?
o bOTAFOGO NA lIBERTADORES seria igual ao Vasco, um coadjuvante.
Pagode de botafoguense... rsrsrs, o SRN tá certo, mas são amigos do PC, então tá bom.
Xexéu: não sei te mando a ou para. O que vc prefere?
Quem costuma ser coadjuvante na Libertadores é o Framengo
Boa, anônimo. Pau neles.
Saulo: bom ver vc aqui. Sempre bem-vindo.
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