terça-feira, 17 de julho de 2007
As louras vão acabar, deu no Le Monde
O fim das verdadeiras loiras?
Laure Belot e Véronique Lorelle (Le Monde)
Fonte: UOL
Vai ser pouco depois de 2200, na Finlândia, que nascerá a derradeira loira do planeta. Esta afirmação foi repercutida por diferentes veículos de comunicação, desde o "New York Times" até à BBC. Desde 2002, contudo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) - citada como a fonte deste estudo que anuncia "a extinção do gene que caracteriza os verdadeiros loiros" - não se cansa de clamar que ela "nunca conduziu pesquisas sobre este assunto".
Apesar dessas ressalvas, a brincadeira não deixa de ter fundamento. O planeta conta 6,5 bilhões de indivíduos, dos quais cerca de 1 bilhão na África e 4 bilhões na Ásia (da Turquia ao Japão), segundo o Population Reference Bureau (Centro de Estatísticas e Informação sobre População, Saúde e Meio-ambiente, com sede em Nova York). Em 2050, a população mundial terá aumentado para 9 bilhões de humanos. Os 3 bilhões de pessoas suplementares serão principalmente oriundos da África, da Ásia e da América do Sul.
Logo, a freqüência dos loiros, que são raros fora dos países ocidentais - mesmo se eles podem ser encontrados de maneira esporádica na África do Norte e no Oriente Médio - vai diminuir. E isso acontecerá tanto mais que essa cor de cabelos, assim como os olhos azuis, se deve a genes recessivos. "Para ser loiro, é preciso herdar dois genes que comandam esta característica, sendo que um provém do pai, e o outro da mãe", lembra o geneticista Axel Kahn. "Se, em todo o mundo, o número de genes loiros permanece constante, ao passo que aquele de genes morenos vai aumentando, haverá uma probabilidade decrescente de que duas pessoas herdem dois genes loiros, os quais constituem uma condição impreterível para que eles sejam loiros".
Segundo Kahn, uma hipótese realista seria a "de uma intensificação das misturas das populações, e do advento de um perfil de humano mestiçado, do tipo brasileiro".
A L'Oréal, a companhia líder mundial em produtos de beleza, já se antecipou a esta evolução. Ela está construindo em Saint-Ouen (Seine-Saint-Denis, região parisiense) um centro mundial que será dedicado a pesquisas relativas a tudo o que se refere aos cabelos. Neles, 600 pesquisadores, que deverão operar a partir de 2010, trabalharão "numa nova forma de beleza, o cabelo mestiçado", explica Patricia Pineau, a diretora da comunicação deste setor de pesquisas. (...)
Mais detalhes:
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2007/07/17/ult580u2569.jhtm
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