Meu querido amigo P|aulo Marcelo Sampaio, jornalista de primeiro time e autor de belos livros sobre o Botafogo, postou o texto abaixo no facebook. Bela homenagem. Pedi pra compartilhar. Cá está:
"Ele vinha com uma sacola de supermercado, daquelas de
plástico, bem simples. Esperava na fila, paciente. Como um reles mortal. Quem
chegasse de outro planeta, achava que ali, no salão nobre do Botafogo, estava
mais um torcedor. Torcedor com a nostalgia de uma conquista.
Quando chegou a vez dele, estendeu a mão e me entregou uma
camisa social branca. "Lembra que te falei que na campanha de 89 eu usei
uma camisa só, em todos os jogos. É essa aqui. E é tua, campeão", me disse
Valdir Espinosa. "Não posso aceitar, amigo", devolvi. Espinosa não
desistiu. "Estava no fundo de uma gaveta. Você vai dar mais valor a
ela".
Hoje a camisa está emoldurada. Na parede. E no coração estão
emoldurados o carinho, a admiração e a amizade por um homem gentil, risonho e
desprendido que atendia pelo nome de Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa."
"21 depois de 21", um clássico, com o também
amigo e talentoso Rafael Casé. "Os dez mais do Botafogo".
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