terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Três em dois

Falar em reportagem policial, diz a lenda que Zé Grande, folclórico repórter de O Dia, costumava chegar aos locais dos crimes antes de todo mundo; muitas vezes até antes da própria polícia. Um dia, cansado de esperar pelos policiais no chamado local da ocorrência, decidiu dar uma descansadinha. Afinal, era plena madrugada. Sem a manor cerimônia, deitou-se no chão, ao lado dos próprios cadáveres; todos deitados no chamado decúbito dorsal.

Dizem que quando os peritos chegaram, estranharam e perguntaram ao delegado:

"Chefe: não eram dois ´presuntos´; tem três aqui".

Em outra ocasião, Zé Grande dormiu na própria redação de O Dia. Tempos de máquina de escrever. Os colegas decidiram pregar uma peça no Zé Grande. Apagaram as luzes e continuaram a datilografar (como se dizia antigamente) suas matérias e a conversar normalmente, como se nada estvivesse acontecendo. Quando Zé Grande acordou, saiu gritando pela redação:


"Tô cego, tô cego".

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