terça-feira, 5 de dezembro de 2006

O primeiro presunto a gente nunca esquece

Acabo de assistir a entrevista do repórter Walmir Salaro, da TV Globo, no Jô. O cara lembrou do primeiro "presunto" dele; lembrei do meu também. O dele estava esfaqueado, o meu estava duro. E verde. Pior, pelado. Na Barra, debaixo da ponte da Joatinga. Em plena manhã de sol. Os policiais mexiam nele com as mãos. Parecia um "João Teimoso". Disseram que tinha marcas de bala de revólver. Não quis olhar. Não sei como continuo gostando de presunto sem aspas até hoje.

Mas lembrei de uma história acontecida com o repórter Mirinho, o Primo Altamirando, personagem de Stanislaw Ponte Preta. Mirinho era repórter policial e foi chamado para cobrir um crime. Era "presunto" barato; e no subúrbio. Ligou pra redação e descreveu a cena do crime pro chefe de reportagem.

"Manda um fotógrafo, chefe", pediu Mirinho.

"Mas o morto está sem a cabeça, pelo menos".

"Esquenta com isso não, chefe. Até o fotógrafo chegar aqui, a gente providencia esse detalhe".

Algo assim, não tenho o livro nas mãos, mas foi algo assim.

2 comentários:

Unknown disse...

Imagino que você deva lembrar daquele salame do seu primeiro presunto até hoje né? Parabéns amigo PC, já está no meus favoritos. Boa sorte, um forte abraço, Frederico, o macho.

PC Guimarães disse...

Salame só fatiado. Obrigado por prestigiar o seu amigo.
Volte outras vezes. Vou procurar atualizar sempre.
pc