Paulinho do Cavaco, Ari Barroso, Antônio Maria, PC Guimarães e Trem bala da colina

"PC, a diferença é essa. Eu também acho o time do Vasco fraco. Mas, superior ao do botafogo. O time de vocês é MUITO, mas MUITO fraco mesmo. Vocês acham que esse timeco joga bola. O ídolo do canil, domina na canela. Pode dar as mãos pro Elton e Alexsando em ruindade. A defesa de vocês é uma piada. Só sobra o Cortês, que agora tá se achando e já está fazendo lanche no Bob's. No meio, o Renato dá pro gasto e o Elckson é bom. O Maiconsuelckson é uma bosta. Do Herrera, precisa falar? E o banco? Com a palavra o timaço do Santa Fé !
Fagner, Dedé, Juninho, Felipe, Diego Souza, Eder Luiz, Rômulo e Bernardo seriam titulares no canil. Eu, com sinceridade, do botafogo eu ficava com Cortês, Renato e Elckson para compor elenco.
Chuuuuuuupa Torcida do menor dos grandes".


Alguém estranhou porque publiquei o texto acima? Explico. É um comentário do nosso vice-mala Trem bala da colina no post abaixo. Continua não entendendo?
É que me lembrou uma história que me foi contada uma vez pelo meu amigo professor e sambista da pesada Paulo Roberto, o Paulinho do Cavaco.

Paulinho do Cavaco, meu amigo professor e músico

Sobre um inusitado diálogo entre os talentosos Ari Barroso e Antônio Maria.

 Ari Barroso

Antônio Maria

Ia tentar reproduzir de cabeça, mas resolvi ir pesquisar no pai dos burros digitais, o google, que, dessa vez, me deu o que eu queria e reproduzo aqui:
"No Natal de 1963, internado na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Ary Barroso recebeu a visita de Antonio Maria conhecido como seu rival não só pelas músicas que compunham, mas também porque Ary era Flamengo e Antonio Maria, Vasco. A visita tinha como intenção acabar com as rivalidades absolutamente bobas.

Ary recebeu o amigo com cordialidade e um tanto já enfraquecido pela doença. Falaram sobre futebol, até que Ary, de repente, fez um pedido para Maria:
-       Maria, por favor, cante Aquarela do Brasil…
Antônio Maria tentou se esquivar, mudar de conversa, mas Ary insistiu:
- Maria, já lhe pedi, cante Aquarela do Brasil…
Não teve como escapar e, baixinho, começou:
- Brasil, meu Brasil brasileiro, meu mulato izoneiro, vou cantar-te nos meus versos…
E foi assim até o final quando então foi surpreendido por outro pedido de Ary.
- Agora, Maria, peça para eu cantar Ninguém me ama.
Antonio Maria vendo o amigo enfraquecido alegou que seria muito esforço para ele cantar o sucesso que ele, Antonio Maria, compusera.
- Maria, estou lhe ordenando que me peça para cantar Ninguém me ama…
Constrangido, se entregou:
- Ary, cante Ninguém me ama.
A sua reação foi de espanto quando Ary, com a voz rouca, murmurou:
- Não sei Maria, não sei…"

Nosso querido sócio Trem bala da colina sabe de cor o time do Botafogo. Se me pedisse para dizer o time do Vasco faria que nem Maria:
"Não sei, Trem bala, não sei..."


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