quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
Uma homenagem, Milton Coelho da Graça
Tive a honra de ser chefiado no Globo pelo Milton Coelho da Graça. Um louco! Eram os tempos do telex (anda não havia Internet. Acreditem. Houve um tempo que não havia Internet!). A redação tremia quando Milton escorregava do aquário com um papel de telex na mão. Um dia conto a história da festa de mães do Luis Carlos Sarmento. Cansei de me esconder debaixo do antigo mesão pra "fugir" do Milton. Outros iam, disfarçadamente, pro banheiro.
Se aprendi alguma coisa na profissão, muito aprendi com ele. Tinha uma frase característica: "Milton Coelho não erra!". Pura ironia, gente, pura ironia. Jogava uma grana na loteria. Não sei se ficou rico e se esconde dos amigos. Uma vez, em São Paulo, saindo da redação da IstoÉ, onde era - então - editor, foi abordado por um leitor da revista à porta do elevador. O homem reclamou que era assinante da publicação e que não estava recebendo corretamente os exemplares. Milton parou, puxou um pedaço de papel e anotou nome, cpf, endereço, telefone e tipo sangüíneo do cara. Tenho certeza de que levou a cobrança "adelante".
É polêmico. Um dia falo mais dele. Mas achei no meu baú o convite da festa dos 50 anos do Milton. Põe tempo nisso (rs). Posso fazer uma camiseta que nem aquelas do Rock in Rio:
"EU FUI".
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Um comentário:
Conheci o excelente jornalista Milton Coelho da Graça, quando ele
atuava ao lado de Múcio Borges da Fonseca, Eurico, José Fausto Carneiro
Pessoa Neto, Lula Carlos, Aguinaldo
Silva, entre outros, no Jornal UH-N
(Última Hora-Nordeste). Era exigente
mas maleável. Às vezes brincalhão, às
vezes austero, sem, contudo, perder o
respeito de todos. Não sei por onde anda, mas, com certeza, está feliz com a sua Sônia...
Fernando Jorge
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