E aquela história da mala misteriosa encontrada na Cinelândia? Publiquei no Globo. Deu primeira página.
Mala de verdade mesmo; aquelas do tipo 007.
Abandonada junto à praça em frente ao obelisco, causou pânico entre os policiais, provocou um engarrafamento na Avenida Rio Branco, que durou mais de duas horas. A área foi evacuada e uma equipe de peritos em desarme de bombas enviada ao local. Depois de uma cautelosa operação, em que foi prudentemente cortada com uma faca especial, a revelação do conteúdo:
um caderno de anotações, dois livros religiosos, a Bíblia, uma bermuda, um creme de barbear, uma escova de dentes, um vidro de loção e uma cueca. A multidão já começava a se dispersar quando alguém gritou:
"A mala é minha, gente. O que fizeram com ela?"
Era um garçom de 27 anos, chamado Josué, devoto de Jeová, a quem garantiu ter emprestado a mala.
"Converso muito com Jeová. Sonhei que ele tinha pedido a mala para trabalhar".
Levado para a delegacia, ainda arrumou encrenca com o delegado.
"Quero saber quem é que vai me dar uma mala nova. Vocês parecem doidos. Só mesmo o Espírito Santo para cuidar de vocês".
Foi encaminhado para uma clínica de doentes mentais.
sábado, 9 de dezembro de 2006
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2 comentários:
Vai dizer que você não colocou essa mala pra estar no jornal, hein PC? Entregue-se. hahahahahaha
[]s
Que nada, rapaz. Trabalhava no Globo. A história é incrível. Deu primeira. Tenho ela até hoje.
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