PC, de Teresópolis
A página 2 do Globo de hoje fala do pescoção, adiantamento do fechamento de uma edição de jornal, geralmente às sextas.
Me lembro de uma história que presenciei no mesmo jornal.
Uma copydesk, recém-chegada de Minas (ler com sotaque), trabalhava tranqüilamente numa sexta-feira, quando o editor chegou perto dela e anunciou:
"Vou precisar de você. Hoje é dia de pescoção".
Ela concordou com a cabeça e, assim que o editor se afastou da mesa de trabalho, olhou pro coleguinha, que estava ao seu lado, e perguntou:
"Desculpe incomodá-lo. Mas é que o Pinheiro Júnior (então editor do caderno Rio de O GLobo) disse que precisava de mim por causa de um tal de pescoção. Concordei, mas não entendi direito. O que é esse tal de pescoção?".
Pelota quicando pedindo pra ser chutada, ele não tinha como dar um sem-pulo (usando a linguagem futebolística).
"Pera lá, moça: você não está ligando o nome à pessoa? De que planeta você veio? Você não reparou que isso é assédio? Hoje é sexta-feira. Dia de emendar com a madrugada. Sabe o que vai acontecer? Ele vai chamar você pra tomar um chope. Aí, vai dizer que você está muito cheirosa e vai pedir pra cheirar o seu pescoço. Depois você deve imaginar, né?".
No dia seguinte, a moça queria matar o coleguinha.
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
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