Que time é meu - 4. Pablo, a ovelha branca da família

A série começa a atrair brasileiros de todos os recantos do país, do Oiapoque ao Chuí, e nosso sócio Pablo mandou a sua colaboração nos comentários. Merece um post. Tremei, arco-íris. Com vocês, Pablo:


"PC, permita-me compartilhar a minha história. Não tem nenhum botafoguense na minha família, nenhum.

Escolhi o Botafogo simplesmente porque já criança não compreendia como um único clube podia receber tantos craques. Ouvia meus parentes falarem tanto no Botafogo, mesmo não sendo Botafoguenses, que não conseguia entender aquilo...

Era um mistério. Acho que é isso, o Botafogo é um mistério, uma predestinação, como diria Armando. E cá estou eu.

As pessoas não botafoguenses não entendem a essência desse clube, desta torcida. Não entendem porque Loco Abreu é tão ídolo. Simplesmente porque ele faz diferente. Desafia o destino, o marasmo, o óbvio. Ele tem a mesma essência moleque de um clube fundado por adolescentes rebeldes.

O Botafogo é essa rebeldia gostosa. É o imprevisível, o imponderável.

Pra gente, o drible do Garrincha, a irreverência do Tulio, a magia do Maicossuel, a ousadia do Loco, são muito mais importantes do que o resultado, o título.

E ninguém consegue nos calar...".