quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

"Valdir Espinosa. Pra tudo se acabar na quinta-feira", por Paulo Marcelo Sampaio


Meu querido amigo P|aulo Marcelo Sampaio, jornalista de primeiro time e autor de belos livros sobre o Botafogo, postou o texto abaixo no facebook. Bela homenagem. Pedi pra compartilhar. Cá está:

"Ele vinha com uma sacola de supermercado, daquelas de plástico, bem simples. Esperava na fila, paciente. Como um reles mortal. Quem chegasse de outro planeta, achava que ali, no salão nobre do Botafogo, estava mais um torcedor. Torcedor com a nostalgia de uma conquista.

Quando chegou a vez dele, estendeu a mão e me entregou uma camisa social branca. "Lembra que te falei que na campanha de 89 eu usei uma camisa só, em todos os jogos. É essa aqui. E é tua, campeão", me disse Valdir Espinosa. "Não posso aceitar, amigo", devolvi. Espinosa não desistiu. "Estava no fundo de uma gaveta. Você vai dar mais valor a ela".

Hoje a camisa está emoldurada. Na parede. E no coração estão emoldurados o carinho, a admiração e a amizade por um homem gentil, risonho e desprendido que atendia pelo nome de Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa."


"21 depois de 21", um clássico, com o também

amigo e talentoso Rafael Casé. "Os dez mais do Botafogo".

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