quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Blog do PC consegue milagres. Inclusive descobrir um flamenguista que sabe escrever

Gente: o Sydd Benn, o Interino, está de volta. Leviano como sempre, tendencioso como sempre, parcial como sempre. Mas reconheço que sabe escrever; coisa rara entre framenguistas. Por isso faço questão de publicar aqui no Blog. Mas paguei por isso: uma mariola, um guaraná convenção e um ingresso para um show de travestis na Praça Mauá.

Mas vale a pena ler. É muito engraçado, embora cheio de delírios e inverdades. O cara delira e chega a comparar Loco Abreu e Herrera a Love e Adriano. Chega às raias da loucura ao afirmar que o BOTAFOGO foi beneficiado pelo juiz no jogo contra o Framengo. Mais irreal e hilário, impossível.

Ladies and gentlemen and tricolores, com vocês, Sydd Benn, o Interino.

"Meus amigos

A pedidos, apresento singelas reflexos sobre a Taça Rio, que tem seu início no próximo fim de semana.

Começo pelo Botafogo, numa homenagem à conquista do primeiro turno do Campeonato Carioca.

Três fatores ajudaram o nosso querido Botafogo.

Em primeiro lugar, a contratação de Joel Santana. Sempre o considerei o melhor técnico em atividade no Rio, mesmo em tempos em que deslumbrados não se cansavam de cantar loas a enganadores como Parreira et caterva. Joel é simples e objetivo. E quando tem em mãos times ruins, de bom técnico se transforma em excelente técnico. Costuma tirar o máximo dos jogadores e dos times que comanda

Pode perder, como perdeu tantas vezes. (Lembro, a título de exemplo, que era Joel o técnico do Vasco diante do Flamengo na conquista do tri-campeonato do Mais-Querido com aquele inesquecível gol de Petkovic). Mas sempre foi bom. E, se pode perder, como perdeu tantas vezes em finais com o Flamengo, não é um perdedor, como Cuca.

Aliás, aos que lembram que Cuca venceu o Carioca no ano passado, à frente do Flamengo, digo que, para mim, isso não conta. Lembro que a final foi contra o Botafogo. E, pior, em decisão por pênaltis. Bruno se agigantou aos olhos dos amarelões alvinegros e o título foi, mais uma vez, para a Gávea. Por isso, não considero que aquele título de Cuca – o único de sua não tão curta carreira de técnico – não pode ser levado em conta para se dizer que ele deve se desfazer da pecha de perdedor.

Além da contratação do bom Joel, um segundo fator favorável ao Botafogo foram as arbitragens. Foi ajudado em quase todos os jogos. Vejam bem, tomo isso como algo positivo. É demonstração de que os juízes não estão vendo mais o Botafogo sempre como time pequeno, como vinha ocorrendo nos últimos tempos.

Isso é muito importante, inclusive porque nos poupa de cenas lamentáveis, vistas por milhões de telespectadores, em que marmanjos choram diante das câmeras de TV.

Agora, não. Não sei se por razões mercadológicas (o capitalismo pensa no lucro em primeiro lugar, PC!), para evitar que um mesmo time ganhe sempre, diminuindo o interesse do público pela disputa, a verdade é que, até mesmo na semifinal, contra o Flamengo, ocorreu um fato que mostra como os juízes têm dado uma mãozinha ao simpático Botafogo. O episódio foi – creio eu - único na história do futebol mundial: um jogador recebe o segundo cartão amarelo por uma falta que fez, e o juiz resolve trocar o admoestado, dando o cartão amarelo a outro beque que não participara da jogada. Assim, evita a expulsão do brucutu.

Ora, o cartão amarelo é uma punição individual, ao jogador violento. Não é uma punição ao time, que os distribuiria entre seus integrantes ao seu bel-prazer.

Como o lance foi no primeiro tempo, quando o Botafogo perdia por um a zero, se a expulsão fosse efetivada a sorte do jogo estaria selada.

Até porque não é razoável supor que o Botafogo tivesse brios para fazer o que fez o Flamengo diante do Fluminense de Cuca: com um jogador a menos virar um jogo de 3 a 1 para 5 a 3.

O terceiro e último fator que ajudou o Botafogo – é forçoso reconhecer – foi a melhoria de seu time. Hoje tem um goleiro - que se não tem nível de seleção, como Júlio Cesar e Bruno – não se compara àquela figura folclórica que o Botafogo tinha importado do Uruguai. A zaga e o meio-campo continuam muito fracos (basta dizer que o condutor, capitão e líder do time é ainda o “vibrante” Lúcio Flávio). Mas o ataque melhorou (aliás, só não digo que piorar era impossível porque sei que não há isso de “fundo do poço”; o cidadão pode sempre estar no fundo do poço, com dor de dente, exaqueca ou cólicas). Loco Abreu é ruim com os pés, mas usa bem a altura para cabecear e, principalmente, tem um QI superior ao de Victor Simões. Ele sabe o jogo, o que o torna um atacante razoável. Não teria lugar no Flamengo, pois é muito mais fraco do que Adriano e Vagner Love, mas poderia jogar ao lado de Fred, no Fluminense, ou de Dodô, no Vasco.

Já Herrera é daqueles atacantes que, à primeira vista, parecem bons, porque incomodam a defesa. Com o tempo se vê que ele incomoda pela catimba, não pelo futebol. É fraquinho, ainda que – claro!!!! – melhor do que André Lima.

Mas, enfim, uma coisa é inegável: o Botafogo melhorou. Resta ver até onde o milagreiro Joel levará esse time, ainda muito limitado.

O Fluminense se reforçou um pouco este ano. Manteve os melhores jogadores (Fred e Conca), desfez-se de algumas malas que já estavam na reserva e trouxe alguns bonzinhos, além de ter um ou dois jovens que não são ruins. Mas está com uma cara enorme de “time do quase”. Será consequência da experiência traumática diante do LDU, ou isso é pela presença do Cuca à frente do time? Francamente, não sei, embora desconfie. Mas a amarelada que o pó-de-arroz deu diante do Flamengo no segundo tempo daquele último jogo deu a impressão de que o espírito do treinador tomou conta do time. E, de lá pra cá, a coisa desandou. Perdeu um jogo ganho pro Vasco na semifinal.

O máximo que posso dizer a respeito do Fluminense é que está em observação.

O Vasco parecia favorito na final do primeiro turno. Mas entregou a rapadura, ajudado pelo juiz, que não deu uma falta do primeiro gol (quando o botafoguense se apoiou nos ombros do saudoso Fernandão para cabecear) e marcou um pênalti discutível (PC, por exemplo, acha absurdo um juiz marcar pênalti nesse tipo de jogada; eu penso que, às vezes, é preciso marcar).

Mas o apagão de Dodô me fez lembrar.....................................o apagão de Cuca e .......................................o apagão daquele time do Botafogo em jogos decisivos.

Aí me pergunto: voltará o Vasco a ser o vice por excelência? Ou vai se contentar em ser o vice do vice?

A propósito, o jovem Philippe Coutinho, tão elogiado por mim, também se apagou, deixando com Carlos Alberto a missão de conduzir de forma solitária o time.

Mas como Philippe é muito jovem, vamos dar-lhe o benefício da dúvida.

Sobre o Flamengo, não vou escrever nada hoje. Estou preparando um texto sobre a participação dos times cariocas na Libertadores deste ano. Como o Mengão é o único deles, o texto vai se concentrar nele. Assim, a avaliação do time e de suas potencialidades virá no corpo desse trabalho".

4 comentários:

Anônimo disse...

PC voê conhece o Sousa?
Tão dizendo que no jogo do Vasco a música mais tocada foi aquela da Alcione. Que sufoco.
Coitados dos vascaindos

PC Guimarães disse...

Rapaz: fiquei sem luz e não vi o jogo. Acabei de checar o resultado. Que loucura! Mas o Vasco não tinha um timaço, o Dodô não era o maior e o técnico das camisas mauricinho não era o bambambam da esquina?

xexeu disse...

PC acho que empatar com o Sousa e normal, pois classico não tem favorito.

Anônimo disse...

PC, já que o framengo será o tema da próxima matéria, sugere ao Sydd Benn a inclusão do sujeito:

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/02/26/tiros-perseguicao-cinco-pessoas-mantidas-refens-na-abolicao-zona-norte-915943176.asp

CJCruz