La Mole!? "Joga fora no lixo", como diria Sandra de Sá

Quem é (ou foi) do Rio sabe - e conhece. O La Mole já foi um bom restaurante de "massas", pizzas e outros pratos - e com bons preços. Sou do tempo em que só tinha La Mole na Dias Ferreira do Leblon e gostava de ser atendido por um querido garçom chamado Jesus.

Depois que cresceu demais, com filiais em tudo quanto é esquina, o La Mole se perdeu. E nem dá pra chamar Jesus, que ele não está mais com o La Mole.

De vez em quando dá uma melhorada, mas não tem mais nada a ver com os antigos "reclames" de que o La Mole "é da gente", "da família" - ou "gostoso desde sempre", como dizem agora.

Outro dia (era pra ter postado aqui antes) fiz um pedido na filial Iguatemi. Uma das "bolotas" do meu "inhoque" (ou gnochi, se preferirem) era quase do tamanho de uma bola de tênis (é só comparar com o garfo) e o presunto que eu pedi para vir frito e misturado no molho veio cru, à parte. Devem ter esquecido de atender o meu pedido e, quando descobriram, decidiram improvisar.

O espagueti à bolonhesa da primeira dama do blog virou espagueti com carne moída. Mais da metade foi jogada fora.

Lembrei até de uma antiga crônica que escrevi e publiquei em outro blog (http://cronicasdopcguima.blogspot.com/) chamada "Refresco de tomate". Um amigo paulista queria porque queria conhecer o La Mole. Evitei ao máximo. São Paulo é a terra das cantinas italianas e as massas do La Mole nada têm a ver com as massas italianas. Um dia não resisti e atendi o pedido do meu amigo. Ao mexer a comida com o garfo, ele olho pra mim e disse: "Mas isso não é molho de tomate; é refresco de tomate".

É mole? Não. É La Mole.

Já sei. Vão dizer: "É nisso que dá ser pobre. Se tivesse grana iria ao Antiquarius".