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sábado, 10 de novembro de 2012
Negociatas com jogadores: a praga do futebol
Sou do tempo em que o jogador chegava no clube com uma chuteira debaixo do braço, com a unha encravada, cheio de pereba na perna e sem tomar café, depois de descer do estribo do bonde e perguntava se tinha uma vaguinha para treinar. Ou, pelo menos, próximo disso. O clube investia no jogador, dava casa, comida, roupa lavada, cuidava dos dentes e da saúde e o cara assinava contrato. Se fosse bom virava ídolo e passava 4, 5, 6, às vezes toda a vida jogando no mesmo clube. Como diria Tom Jobim: "Era uma merda, mas era bom". Diziam que o jogador virava escravo do clube por causa da Lei do Passe. E hoje? Tem muita diferença. O cara começa a despontar numa pelada de rua e já tem empresário dando em cima dos pais. Estão comprando futuro craque na barriga da mãe. O jogador deixou de ter o passe preso ao clube e passou a ter o passe preso junto ao empresário. Virou escravo dos empresários e de suas negociatas. Até o padeiro da esquina onde o cara mora tem participação no passe. Pelo jeito algo parecido está acontecendo agora com o Bruno Mendes. O debate é longo e polêmico e fica cravada aqui minha opinião.
PC, não sei se vc já sabe, mas o seu amigo Carlos Eduardo Novaes é o convidado do programa "Loucos por Futebol", que vai ao ar neste sábado, às 22 horas, na ESPN Brasil.
ResponderExcluirAliás, o programa também vai falar do livro que vou lançar na 7ª Bienal do Livro de Campos, "Saudosas Pelejas - A história centenária do Campos Athletic Association".
Gostei da entrevista do Assumpção na rádio globo. Highlights no www.fogaonet.com
ResponderExcluirAbs
Pablo
Volta e meia ele compra um jabá destes, caro Pablo.
ResponderExcluirNuma bela vitória por 2x0 sobre o São Paulo, aqui no Engenhão, pelo brasileirão de 2010 ou 2011 (não lembro), o cara de pau também foi ao programa esportivo pós jogo da Globo e falou como se fosse um CEO de multinacional.
Pelo papo, parecia que o Botafogo iria se transformar da noite para o dia em um Barcelona brasileiro.
Continuo cético.
Parabéns, Wesley. Não deu pra ver o programa. Pena.
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