segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Balanço da Semana: "Sou capaz de apostar no Botafogo", Sydd Benn, o Interino

O colunista titular do Blog do PC está fazendo uma reportagem especial na Líbia. Em razão disso, tive que apelar para o reserva, Sydd Benn, o Interino, que passou alguns meses cumprindo pena em Bangu 1. Fugiu há poucos dias e, como tem 30 filhos (coincidente o número do único título internacional importante conseguido pelos maiores craques da história do time teu - dele), pediu para escrever essa semana no Blog. Concordei em pagar R$ 1,99 por todo o texto e ele aceitou de bom grado. 
Escreveu as mesmas bobagens que escrevia antes de ser preso e demitido por justa causa. Mas, como este Blog é democrático e imparcial e o editor tem um bom coração, com vocês: Sydd Benn, o Interino.
"Algumas observações sobre os times cariocas nesta rodada
Botafogo
“Parece ser uma sina: na hora de decidir, de resolver a parada, encarar a responsabilidade, o Botafogo hesita, fraqueja.”
A frase não é minha, embora repita algo que tenho dito sempre: a falta de camisa, de tradição e de espírito de vencedor faz com que o Botafogo sempre amarele na hora agá. Mas quem diz isso agora, e no jornal O Globo de hoje, é Fernando Calazans, cujo estilo sisudo, e até ranzinza, não permite que se veja nessas palavras ironia ou zoação com a pequena mas fiel torcida botafoguense. Até porque, se há alguém pobre de senso de humor é o bom Calazans.
Assim, botafoguenses. Não tomem como sacanagem do Calazans o que ele escreveu hoje. Decididamente, ele não é disso.
Alguns interpretam a pane do Botafogo ontem como uma espécie de paúra, por conta da camisa rubro-negra do adversário. Outros, como Calazans, não se referem especificamente ao notório apequenamento do Botafogo diante do único carioca a ostentar em sua camisa a estrela dourada que simboliza o título mundial interclubes. Acham que o problema é mais geral: como o campeonato está se afunilando, é hora de o Botafogo se acovardar.
Francamente, acho que foi um pouco de cada coisa – um pouco a camisa do Atlético Goianiense e um pouco a aproximação das rodadas decisivas.
Há, ainda, um terceiro fator, que não deve ser subestimado: o técnico Caio Júnior, que parece talhado para dirigir o Botafogo. Seus times sempre amarelam na reta final. O fato é que o Botafogo se viu envolvido pelo melhor toque de bola e a maior qualidade técnica do adversário. Segundo todos os comentaristas, 2 a 0 ficou barato, dada a supremacia avassaladora do rubro-negro de Goiás.
Vi os últimos 20 minutos do jogo. Era um time passeando em campo, dando olé num adversário batido, sem elan, sem fibra. O lado esquerdo da defesa botafoguense, ocupada por um rapaz que se parece ao Coalhada, aquele personagem de TV criado pelo Chico Anísio, era uma avenida. Pizarro (acho que é esse o nome do rapaz) era um convite para que o ataque goiano chegasse como queria na área do time de Agnaldo Timóteo.
Quero bem ao Botafogo, que – todos aqui sabem - é meu segundo time. Por isso, mesmo prevendo sua derrocada até o fim do campeonato, me consolo com uma coisa: ele está garantido na primeira divisão. Tem muita gordura para queimar e em 2001 não vai cair para a Segundona. Sou capaz de apostar no Botafogo em torno a essa questão. Se houver algum detrator do time de Charles Borer que afirme o contrário, que diga quanto quer casar que eu cubro a aposta.
Fluminense
É uma demonstração de como a homofobia deve ser rechaçada sem apelação. Um cidadão pode ser gay e ter fibra e personalidade. Da mesma forma, um time pode adotar como símbolo o pó-de-arroz e ter garra e disposição.
É verdade que o Fluminense já esteve também na Segundona. E, pior, esteve até na Terceira Divisão (ia usar a expressão Terceirona, mas a considerei imprópria; achei que talvez fosse melhor escrever Terceirinha, mas para não parecer irônico, preferi não fazê-lo). O fato é que da Terceira Divisão voltou pela janela diretamente para a Primeira, por obra e graça de Ricardo Teixeira e Eurico Miranda, que não tiveram pejo de posar para os fotógrafos brindando com champanhe ao lado do então presidente do Fluminense (na época quem mandava no clube ainda não era um plano de saúde).
Assim, a rigor, o Fluminense está devendo. Tem que ganhar a Segundona para fazer jus a estar na elite do futebol brasileiro.
Mas vamos esquecer isso.
De qualquer forma, ao contrário do Botafogo, o Fluminense tem camisa e não se apequena na reta final. Não creio que seja campeão, mas penso que estará entre os que vão à Libertadores. Se não tiver o azar de cruzar com o LDU, do Equador, pode até chegar longe naquela competição – apesar de não ter demonstrado ainda vocação para competições internacionais.
Mas, repito. Na minha opinião, o Fluminense chega na bateria de frente. Mesmo que tenha Gum e Digão na zaga. E que nem todos os dias o reserva dos dois – Márcio Rosário –, que deve ser pior do que eles, vá sair como o herói da partida.
Vasco
É uma alegria ver o representante do comércio de secos e molhados recuperado. Quando ele esteve na Segundona (aliás, penso que algo distingue os grandes é não ter caído nunca em sua história – mas isso é outra história), sempre faltou algo para o futebol brasileiro.
É mais ou menos como quando o Botafogo tomou o lugar do Vasco como eterno vice nos campeonatos cariocas. Sem o espírito esportivo do Gigante da Colina (eu hein, que nome...), danou-se a chorar diante das câmeras de TV, pedindo que a torcida não fosse mais aos estádios porque o Botachoro seria inevitável e inapelavelmente roubado...
Foi uma cena dantesca.
Mas penso que o mais provável é que, este ano, o Vasco seja vice, e não campeão. Afinal, a vocação pesa muito. Não é qualquer um que chega a ir à Tóquio – para se sagrar vice do Mundial Interclubes.
Mas uma coisa eu garanto: o Vasco estará na bateria de frente.
Além de ser o vice mais simpático que conheço, tenho uma segunda razão para desejar que ele acabe entre os primeiros: seria uma justa homenagem ao Ricardo Gomes.
Flamengo
Um conselho aos adversários: não deixem o Flamengo chegar".

9 comentários:

  1. O colunista titular é imparcial.
    Este aí é tão tendencioso quanto o STJD.

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  2. Sabe como é, né Mário. Faço o que for possível para ajudar os amigos. O cara está na pior, acha que dá pra colunista... Fazer o quê?

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  3. Quanta besteira!

    Confundiu tudo quando falou do Flu.

    Faz questão de tentar apagar momentos da história do Flu, como os recalcados daqui.

    O patético estouro da champanhe pelo ainda mais patético Álvaro Barcellos foi em 96, após a decisão de que não haveria rebaixamentos por causa do caso Ivens Mendes.

    E ainda acredita no boato de internet de que o Eurico participou de qualquer coisa em 99/2000.

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  4. Quanta bobagem hein PC?
    Caiu muito o nível. O mesmo papo típico de mulambo querendo tirar sarro quando o time ganha. Só quando ganham. Porque não vi esse bebum por aqui nas últimas 10 rodadas falando besteira.
    Vai ver o PC tá com o rabo preso com esse cara. Te cuida PC.

    Um conselho aos amigos: Se o Flamengo chegar, corram que é arrastão.

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  5. Vocês estão muito mal intencionados.

    É óbvio que o Caio Jr. está poupando os jogadores para o carioca do ano que vem.

    HUAAAOAOAUOAHUOHAUOHEAUOHAUAOUHEA

    Sawldassões Rubrunegras

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  6. Que mané rabo preso, anônimo! Quem é do Grajaú de antigamente não tem disso não. O cara sumiu porque estava preso.

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  7. o vasco desce mas não se rebaixa,
    nem perde a magestade. #vascolíder

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  8. Não lembro do Sidd Benn comentando a goleada de 4x1 que o Framengo levou do mesmo Atlético-Go dentro do Rio de Janeiro.
    Alguns interpretaram aquele chocolate no Mengo como uma espécie de paúra, por conta da camisa rubro-negra do adversário. Lembraram o Sport Recife, campeão brasileiro legítimo de 87.

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  9. Coalhada !! hahaha !!!
    Me divirto !!
    Esses dias estava vendo num canal que não conhecia um reprise do Viva o Gordo, hilário !! Coalhada era um dos melhores do Chico.
    A coluna está muito engraçada, imagino esse Sydd (Vicious?!) conversando com o PC, juntava o Xexa, e bateria fácil o Viva o Gordo e o Chico Anysio Show juntos.

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