Vascaíno quando come melado se lambuza

Estava quieto no meu canto pensando no jogo de amanhã contra o Time do Apito. Mas bastou o Vasco conseguir mais um milagre para os vascaínos botarem as asinhas de fora. Nosso sócio vascaíno Júlio apareceu aqui no Blog para fazer gracinhas e falar em jogadores do Botafogo de uma fase difícil do clube. E Jorge Eduardo veio com aquele velho papo de títulos. Que nem framenguista!

Tá bom. Comecei a acompanhar futebol com pouco mais de um ano de idade no final dos anos 60, quando o Botafogo tinha Jairzinho, Gerson e todos os outros que vocês conhecem bem e foi bi-bi em 67 e 68. Em 1969 não lembro o que aconteceu. Mas em 1970 vi um dos piores times que já vi jogar na vida ser campeão carioca. Era o time do Vasco da foto acima.

Tinha apenas dois jogadores: o goleiro Andrada (que tomou o milésimo gol de Pelé) e o Silva Batuta, um excelente número 10, que jogou também no Framengo, no Botafogo e em outros clubes; e matava a bola no peito como ninguém.

O resto era assim: Fidélis Touro Sentado, Moacir (algum vascaíno lembra dele? Sabe se era branco, afro ou índio?), Eberval, Alcir (aquele que tomou a bola entre as pernas do Rivelino e era um cara gente boa pacas),  Luis Carlos, Buglê (não confundir com bugre), Valfrido (uma espécie de Jardel e Elton do início dos anos 70), Ferreira (a legenda disse que ele era reserva. Alguém aqui sabe quem era o titular?) e Gilson Nunes (ele mesmo: o responsável, junto com Márcio Resende de Freitas pelo Botafogo ter perdido a Copa do Brasil de 1970).

Não mexam com quem conhece a história do futebol e sabe muito bem como pesquisar no google sem ter muito trabalho. Foi só clicar "Vasco campeão carioca de 1970". Eu sabia muito bem o que ia encontrar.

Ah! Mas esse time foi campeão. Pois é. Essa é a diferença. Naquele ano, em que o Botafogo teve alguns desfalques, entrou em campo num jogo contra o Vasco com o seguinte time:

Ubirajara Motta, Moreira, Moisés, Leônidas (craque e jogador de seleção) e Waltencir (Botinha); Nei Conceição (cracaço e jogador de seleção) e Careca; Zequinha (craque e jogador de seleção), Nílson Dias (Ferretti), Jairzinho e Paulo César (sobre esses dois últimos não é preciso falar).


Como sempre digo: coisas como essas é que fazem a diferença entre o Botafogo e os times comuns.


Como foi dito hoje lá no "Feijão no Fogão" no estádio do Botafogo: "Eles NUNCA terão jogadores como o Botafogo teve. NUNCA".