sábado, 9 de fevereiro de 2008

PT e PSDB são iguais?

O DEM não existe. É o partido que vem da sustentação da Ditadura Militar e não tem moral para cobrar nada. É o partido da família ACM. Já foi Arena, PDS, PFL e coisas do gênero. Aquele Agripino Maia que costuma falar na tv é um mala. Eita voz chata! E cara de mané. Com todo o respeito aos manés.

Já o PT está cada vez mais parecido com o PSDB. O caso dos cartões é típico. O artigo de Fernando de Barros e Silva publicado hoje na Folha mostra bem isso. Fernando não tem aquela histeria anti-petista demonstrada por muitos jornalistas, inclusive pelo titular do espaço, Clóvis Rossi. Vale a pena ler.

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FERNANDO DE BARROS E SILVA

SÃO PAULO - PT e PSDB dividem e disputam a hegemonia política do país há muitos anos. Isso não é novidade para ninguém. Foi na eleição de 1994 que os partidos se consolidaram como pólos do jogo democrático. Tudo indica que em 2010 continuará sendo assim -embora, sem Lula, Ciro Gomes possa romper a monotonia dessa gangorra.
Fernando Henrique, que ao longo da vida -como intelectual e político- viu coisas importantes antes dos outros, disse certa vez que PT e PSDB competiam para ser a locomotiva das forças do atraso no processo de modernização do país.

É verdade. Resta saber o que exatamente resultou das alianças políticas firmadas e dos compromissos assumidos por tucanos e petistas. Ou quanto eles próprios revelaram ser identificados com o atraso que prometiam combater. Não é um jogo muito bonito e deve acabar 0 x 0. A história fará melhor balanço.

O fato é que tucanos e petistas, como lembrou Elio Gaspari, se parecem no essencial. Mais, talvez, do que gostariam. Convergiram para o centro, tornaram-se pragmáticos e cínicos no exercício do poder.

O efeito dessa hegemonia tucano-petista sobre o pensamento crítico foi devastador. Quantos radicais do nada, quantos Fla x Flus imaginários! Mas tudo sempre pode piorar. Em termos de degradação moral e miséria intelectual, nada supera hoje certos blogs politicamente aparelhados por PT e PSDB.

Farei como falou um dia Demétrio Magnoli: não direi seus nomes, assim como não jogo lixo na rua. O pequeno dândi que serve a Lula e o grasnador a serviço do serrismo são, no fundo, a mesma pessoa. Um não existe sem o outro. Funcionam, além disso, como seitas virtuais, mobilizando um restrito grupo de seguidores ruidosos que costuma mimetizar até jargões e cacoetes ofensivos dos gurus. É lamentável.
No caldeirão fervilhante desse parajornalismo rebaixado, é impossível discernir o que é engajamento, o que é negócio e o que é só lobby de si mesmo. PT e PSDB -tudo a ver.

5 comentários:

  1. Demétrio Magnoli já disse hoje, no painel do leitor da Folha, que sua frase foi posta em um contexto diferentes.

    Da mesma forma, são diferentes os cartões do governo federal e do governo de São Paulo. Em comum, aliás, têm somente o fato de serem cartões. O estadual é de débito, portanto, necessita de dinheiro empenhado para ser usado. Já o federal, que o governo usou 18 vezes mais que o de FHC, é de crédito, podendo ser incluído posteriormente nos gastos, sem absolutamente nenhuma previsão orçamentária anterior.

    O principal, porém, é que o débito estdual pode ser usado somente por funcionários específicos para gastos específicos - e, não sendo, seu valor retorna aos cofres públicos em 30 dias. O federal pode ser usado para qualquer coisa, inclusive jogar sinuca.

    Depois que o PT passou a não poder mais falar de si mesmo como o exército dos puros - esta metáfora, sim, Magnoli usou no sentido exato em que a mantenho -, tenta, sempre que se vê flagrado com a cueca cheia de dólares - ou de cartões de crédito corporativo, ou de R$ 1,7 milhão - dizer que "todo o mundo faz".

    Assim, ao mesmo tempo em que tentam negar o mensalão, com todas as transferências confirmadas, dizem foi o PSDB que o iniciou - um primor de lógica, não existe, mas o PSDB começou -, falando do caso de caixa dois - este sim, "apenas" caixa dois - feito por Azeredo em Minas. Valerioduto = esquema de caixa dois = arrecadação. Mensalão = uso do dinheiro para comprar parlamentares.

    Da mesma forma que os cartões, em ambos os casos PT e PSDB agiram igual, exceto em basicamente tudo.

    Falando no passado do PFL - que não desqualifica a validade de denúncias atuais, assim como Fernando Gabeira já foi seqüestrador, mas hoje está em outra, ao passo que o PT continua apoiando ditaduras -, o único artigo decente nesta linha, defendendo o PT, foi escrito justamente por Clóvis Rossi - Processo às Intenções, de 2003 ou 2004.

    Seus argumentos eram bons, como são quando ataca o partido do governo atual. Se não ter cerimônia em bater no governo atual - como bateu no anterior - é ter "histeria antipetista" (sem hífen, professor), é preciso ser omisso ou tentar fabricar um falso empate favorável a quem, de fato, fez feio - ou mais feio - para não ser "histérico".

    O velho truque do rótulo odioso, ao invés de argumentos verdadeiros.

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  2. Aliás, no artigo que escreveu a citação tirada de contexto por Fernando Barros e Silva, o sociólogo Demétrio Magnoli ressalta que "Numa sociedade em que a reputação não tem valor, os donos do poder têm os meios e os incentivos para converter os críticos em dissidentes, que são “loucos”, “subversivos”, “terroristas” ou “agentes da CIA”."

    Exatamente como chamá-los de "histéricos antipetistas" (sem hífen, professor)

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  3. Só queria que alguém me apontasse uma opção melhor do que o PT no governo. O resto é conversa fiada...

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  4. Só queria que os petistas tentassem contrapor algum argumento, ao invés de fugir para a retórica típica da Conversa Fiada que hoje tanto gostam de ler e reproduzir. Para quem tem um partido do coração, ele sempre será "a melhor opção", faça a merda que fizer. Seria bom dizer "azar o deles", mas, por obra e graça desses chapas brancas, é meu também.

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  5. Argumentos existem aos montes. Mas aí é preciso ter vontade de vê-los. Além de um pouquinho de bom coração... petista ou não.

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