quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Sacanagem, pô! Morreu Márcio Montarroyos


Marcinho era cria do Grajaú. Filho de um general. Tocava para cacete e muito mais. Lembro dele saindo pra tocar com a caixinha do trumpete. Lembro do primeiro show solo de Ney Matogrosso no Hotel Nacional em que vi Montarroyos tocar trumpete com uma espécie de distorcedor.
Entrevistei o cara uma vez quando era repórter do Segundo Caderno de O Globo. Márcio estava gravando com uns gringos num estúdio da Barra. Quando chegamos, vimos a banda fumando marijuana no quintal da casa. O motorista do jornal, Pedro Paraíba (tinha outro apelido, mas não dá pra escrever aqui), não entendeu nada e morreu de rir. Os músicos mais ainda. Só que ficaram com muita fome depois. Não sei se foram para alguma churrascaria rodízio. Nós fomos.

Um comentário:

  1. Veja ilustre leitor que belo comentário do meu camarada Marcelo Bório, gente boa, apesar de tricolor, sobre o Montarroyos:

    "Grande músico ! Com uma linguagem musical própria e genial. Tive o prazer de acompanhá-lo em um show no (antigo) Mistura Fina. Além de tudo, era gente finissima.

    Apesar de ser cria do Grajaú, vivia em São Conrado numa casa super bacana, onde mantinha um pequeno palco (com iluminação e tudo) na garagem e na "platéia" ficavam muitos manequins expondo as criações de sua esposa (desinger de moda). Como ele mesmo dizia (rindo): "essa é a melhor platéia que existe: Não reclamam e não pedem para tocar nada" (hehe)

    Uma perda irreparável.

    MB

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