segunda-feira, 16 de abril de 2007
Menina não entra? Eu adoro a Luluzinha e o Bolinha
Livro traz humor sutil de Luluzinha
Recém-lançado no Brasil, "O Piquinique" mostra a personagem e sua turma em aventuras cotidianas
PEDRO CIRNE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Luluzinha e Bolinha vivem em um mundo de inocência, humor e simplicidade em que as crianças são quem realmente importa. Os adultos estão por perto, aparecem e conversam, mas são coadjuvantes. É esse universo infantil, alegre e sem preocupações que é retratado no livro "Luluzinha - O Piquenique", lançado recentemente no Brasil.
Este é o terceiro álbum da editora Devir com histórias dos inseparáveis Luluzinha (Lulu Moppet, no original) e Bolinha (Thomas "Tubby" Tompkins). No ano passado, foram publicados "Luluzinha Vai às Compras" e "Luluzinha - Menina Não Entra?".
As aventuras com a pequena Luluzinha são normalmente rotuladas como histórias em quadrinhos para meninas. É uma maneira de ver: a protagonista é uma menina esperta e corajosa que foi criada por uma quadrinista mulher, Marjorie Henderson Buell (em 1935, para a revista semanal "The Saturday Evening Post"). Mas há outra forma de enxergar: são quadrinhos de humor.
Ao ler "O Piquenique", percebe-se que as histórias se baseiam em fatos cotidianos, como ir à praia, participar de uma festa de aniversário ou tomar conta de um menino alguns anos mais novo. Não são tramas mirabolantes, únicas, diferentes. São situações que qualquer um pode ter vivido.
E é aí que brota o humor: nos detalhes. São diálogos e desenhos que retratam com perspicácia a inocência do mundo infantil. Mérito de John Stanley, que escreveu e ilustrou as histórias da revista da Luluzinha de 1945 a 1961. Ele é um bom desenhista e consegue expressar emoções ou narrar piadas com poucos e sutis traços.
Stanley também é um bom roteirista. Ele criou uma história em que, após tomar uma bronca da professora, Bolinha resolve sair de casa e fugir para o México. A pé. Ou outra em que Luluzinha precisa de dinheiro para comprar um presente de aniversário para a mãe e, por isso, pede emprestado o cavalo de um amigo para empalhá-lo e vendê-lo a um museu. Em nenhum caso eles conseguem o que querem, é claro, mas isso não é o importante.
Não há maldade nas ações de Luluzinha e Bolinha. E eles não são retratados com a inteligência de adultos, o que acontece em algumas HQs protagonizadas por personagens infantis. Como muitas crianças que você conhece, eles são ingênuos, atrapalhados, solidários, às vezes competitivos. E divertidos.
Eu adoro os gibis da Luluzinha. Lembro da minha infância, quando eu tentava imitar os desenhos, sem muito sucesso.. heheheh
ResponderExcluirComo era mesmo o nome da melhor amiga da Luluzinha? E o resto da turma do Bolinha? (hehe) Não vale apelar pro gugol.
ResponderExcluirAninha. Agora os amigos do Bolinha, não lembro o nome de nenhum...
ResponderExcluirIsso. Acho que um deles era Zeca.
ResponderExcluirTem o Zeca, tem o Plínio e o Alvinho...
ResponderExcluirhttp://hq.cosmo.com.br/textos/quadrindex/qlulu.shtm
Aluisio Pires acaba de me lembrar do Raposo e do Careca.
ResponderExcluirEita cultura de gibi! (rs)