Horóscopo trocado embaralha previsões
Os nativos do signo de Peixes que leram a coluna "Astrologia" da Ilustrada na terça-feira souberam que, "agora que Vênus entra em Touro", "uma viagem curta pode ser a melhor pedida para arejar a mente". Nenhuma palavra sobre dinheiro.
A previsão da responsável pela coluna, Barbara Abramo, era outra: "Caldeirão de criatividade, que o estimulará a tomar as decisões certas nas finanças". Não falava em viajar.
Ignoro se algum pisciano fez a viagem não indicada e se outro descartou um fundo de investimentos por faltar sinal verde do horóscopo.
O que aconteceu? Por engano, a Folha reeditou em 17 de abril a coluna inteira -12 signos- de 17 de março. Na quarta, saiu "Erramos".
É o mais grave erro na semana. Há parcela de leitores que não acredita em astrologia. Porém há quem confie nela e no serviço da Folha.
É discutível a validade jornalística de publicar horóscopo. Mas, se o jornal considera acertada sua opção, deve zelar para evitar o que houve.
Barbara Abramo lembra que não é a primeira vez que há troca. Ela diz: "O prejuízo do leitor é que ele não tem acesso às tendências reais do dia, através da análise da posição dos astros no céu para aquele dia. [...] Os leitores ficam decepcionados e alguns acham que horóscopo a sério não existe mesmo".
Fonte: Folha de S. Paulo (Ombudsman Mário Magalhães)
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